Shadow Days

FÁCIL –  O que é fácil: adj. Que se faz sem dificuldade: trabalho fácil. Claro, simples, inteligível.  Aquilo o que não tem sido.

Meu último post aqui neste pseudo confessionário foi há algum tempo. Relendo agora percebo com clareza o quanto as coisas mudam em um prazo de tempo tão (curto? longo?) distante da realidade de hoje. E não que eu seja saudosista, mas às vezes gostaria de ser tão inocente quanto era – se não naquele tempo, antes dele. Gostaria de achar ainda que as pessoas são o que dizem ser, que meus amigos para sempre serão (ou seriam) mesmo eternos, que amores são perfeitos quando amados de verdade, que dinheiro não seria problema de acordo com os planejamentos que – óbvio – se cumprirão.

Não tem sido fácil sentir saudade de pessoas e coisas que eram e não são mais. Querer o que nunca tive, não por opção, mas por me ter sido privado assim, na cara dura. Na sacanagem. Enxergar tudo e todos, sem máscaras, sem ilusões, sem censura, como se a vida fosse uma programação de TV totalmente assustadora, e que fossemos obrigados a assistir a tudo, de preferência sem choro nem drama. Chorar não pega bem e ser dramático, hoje em dia, é cafona.

Os últimos meses foram um compilado de videocassetadas do Faustão feat pegadinhas do Silvio Santos. Foi uma sucessão sem fim de: “Não. Não pode ser verdade.” E te dizer que é foda a vida estar de brinks com a sua cara quando você pede tão pouco dela. Tão fácil. Tão sem drama.

Mas dizem que 2012 foi o fim de uma era energética  e que a partir de 21/12/2012 unicórnios voadores dançariam salsa com pirocas no lugar dos chifres na sexta casa do caralho de Vênus   o planeta ia entrar em outro ritmo. Quero, portanto, crer que todas estas merdas que aconteceram – e vem acontecendo – são resquícios do fim do mundo. Ou pelo menos do mundo que foi o meu. Quero crer que vou voltar a sentir vontade de vir aqui e contar a parte boa da vida, a parte fácil, a parte que, por enquanto, não tem sido. Quero crer que o eixo das coisas vai se ajeitar, cedo ou tarde. Que a porra do unicórnio mágico vai dar um coice nesses lixos todos que estão atulhando meu caminho. Quero crer que vai ficar fácil, ou, pelo menos, sem drama. Quero crer. Preciso.

Porque, cá pra nós, eu ODEIO ser cafona.

 

Feliz ano velho

Há algum tempo venho formulando um texto na cabeça para escrever aqui, mas sempre postergo. Na verdade, “formulando um texto” não seria o caso, acho que são mais reflexões sobre todos os acontecimentos que se passaram durante este ano de 2011 inteiro, que cá pra mim, apesar de todos os pesares que bem sei quais são, foi de mais altos que baixos.

Comecei 2011 realizando um sonho, vendo o céu explodir em luzes na cidade que eu escolhi pra adorar. Vi, pessoalmente, e senti no fundo do coração tudo aquilo que só imaginava… Rodeada de alguns dos amigos mais preciosos, iniciei um ano que só pelo trailer já prometia ser bom…

Quando, dias depois, perdi meu emprego, repensei sobre o ano maravilhoso que acreditei que teria, e tive o que chamei de “Inferno Astral Adiantado” nos 3 meses seguintes, ficando em casa e perdendo meu tempo em milhares de entrevistas de emprego sem futuro algum. Porém, foi neste período que percebi a qualidade dos meus amigos, a força que me deram, em palavras e em abraços, em camisetas sobre ombros sempre ali pra secar minhas lágrimas de desespero exasperado, típicos do meu tipinho, mesmo. E quantas vezes não escutei conselhos me sugerindo coisas que eu jamais acreditei que aconteceriam, e portanto nem procurava fazer?

Mas Deus escreve certo por linhas tortas, e em Abril realizei um segundo sonho: voltei a trabalhar na empresa de onde, por vontade própria, jamais teria saído. E só eu sei o quanto sou grata, todos os dias, por ter ouvido no telefone a voz da responsável pela admissão me dizendo: “Bem vinda de volta à nossa casa!”. Daí então, minha vida se transformou em um misto de esperança e dedicação completa à minha vida profissional e aos meus amigos e família que, de um jeito ou de outro, sempre estiveram ali segurando a cama elástica pra caso eu caísse. Daí então, realizei tantos outros pequenos sonhos, conquistei tantas outras pequenas coisas, cada uma não menos importante e preenchedora de tudo aquilo que a mim faltava… Um percentual de independência financeira, um percentual de dependência afetiva, uma parte que faltava para enxergar coisas de outra maneira.

Me libertei. Me apeguei. Vi. TANTA COISA! Vi pessoas mudando de opinião, vi amores mudando de direção, deixei de ver e enxerguei tanto… Ouvi tanto. Ganhei tanto. De tudo que tive, só o que me faltou foi tempo suficiente para encaixar tanto abraço que não consegui distribuir.

Mudei meu discurso. Agradeci, antes de pedir. Agradeço, ainda. E agradecerei, sempre, pelo ano velho feliz, em todas as suas imperfeições.

Encerro 2011 longe dos amigos, e perto da família. E se não no céu, vai ser no coração que vão explodir milhões de luzes coloridas, cada uma delas gritando spoilers de como 2012 vai ser, sem sombra de dúvidas, mais um ano sensacional!

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Rapidinha antes do trabalho

Das coisas que só acontecem comigo – Parte XXIV

Pra quem não sabe eu sou pobre  tenho vários números de celular, um de cada DDD, pra receber ligação, pq sou que nem pai de santo falar com os amigos e família do estado inteiro de graça pela Claro. Daí que ontem a noite eu só tinha crédito em um desses chips, e como cheguei da casa de uma amiga já tarde da noite, mandei um sms pra ela falando “Cheguei”. Deu 5 minutos meu celular apita com a seguinte mensagem: “E daí que chegou, eu te conheço?! Olha o número!!”.

Mas eu tinha RESPONDIDO um sms da minha amiga!! Ocorre que ao invés da Claro enviar a minha mensagem pro número dela, enviou pra uma pessoa que tem o mesmo número, porém outro DDD, lá na casa do caralho.  Pensei: “Que pessoa grossa da porra, não é mesmo?” Já recebi um sms às 3h da manhã dizendo “Amor, a Mauren começou a andar!” e fiquei sem saber se dava parabéns pra Mauren ou perguntava QUEM nos dias de hoje dá o nome de MAUREN pra filha. Mas enfim, sms trocada é a coisa mais normal do mundo, sem grilos. Resolvi nem dar bola pro estressadinho, já era quase meia noite, de repente acordei a pessoa, vai saber…

Daí hoje de manhã, às 7h32 exatamente, me ligam de um número privado, A COBRAR. Depois de me recuperar do susto de achar que perdi a hora e já é Natal (eu SEMPRE acho que perdi a hora) atendi o telefone preocupada com quem poderia ser.

– Alô?

– Quem é você que fica mandando mensagem no meu celular????????????

Era a voz de uma paraíba qualquer, véia e extremamente mal educada. Na hora eu lembrei da mensagem de ontem e fiquei PUTA DA VIDA com a FALTA DE LOUÇA PRA LAVAR da fia.

– Você não tem noção não de acordar os outros as sete e meia da manhã e ainda ligar á cobrar??? VAI TOMAR NO OLHO DO TEU CU, MINHA FILHA!!! – respondi com toda a minha finesse, e desliguei. Coloquei o celular no mudo e a querida ligou mais 4 vezes, mas nem vi, voltei a dormir.

Às 9h da manhã, eu saindo pro trabalho, a querida volta a me ligar. No mínimo a patroa saiu pra ir pro mercado e ela resolveu ouvir mais um pouquinho de merda. Desta vez eu resolvi atender de novo:

– FILHA, O QUE VOCÊ QUER???

– É PORQUE VOCE MANDA MENSAGEM MEIA NOITE PROS OUTROS E…

– EU MANDEI A PORRA DA MENSAGEM SEM QUERER PRO NUMERO ERRADO SUA SEM NOÇÃO DO CARALHO, VAI PRA PUTA QUE TE PARIU INFELIZ GROSSA DUMA PORRA!!!

– NÃO FALA ASSIM COMIG… – e desliguei, calmamente. Ela continuou ligando de um número privado, e à cobrar. Resolvi enviar um sms, desta vez, intencional:

“Pára de me ligar à cobrar e de número privado. Eu tenho o número do seu celular, lembra, TROUXA?”

Daí ela começou a ligar imediatamente de um segundo número, HAHAHAHAHAHAHA! Como eu tenho Android <3, coloquei os dois números no Call Filter, e nunca mais me incomodei. =)

Se um dia ela colocar crédito e me enviar SMS, eu respondo perguntando quanto ela cobra pela faxina. Pq se ela não tem louça suja pra lavar, eu ofereço até meu banheiro pra ela limpar.

E assim começou o meu dia.

E vocês? A vida, a família? Tudo na paz?

oi

Tô morrendo de rinite (mentira, tô só com o nariz ruim e coçando) e tédio e resolvi postar no blog, uma vez que todo mundo fica falando que agora que eu tenho tumblr e com o twitter isso aqui ficou às moscas.

Na verdade eu tô querendo escrever aqui tem um tempo, e não tô falando de posts melosos escritos pelo meu eu-lírico quando eu saio pra beber e demoro uns dias pra voltar, mas sim os que a minha própria personalidade enquanto filosófica por si só escreve aqui, com todas as suas merdas e baixarias. Daí hoje eu pensei em dois assuntos pra falar aqui, mas como um eu esqueci, vou falar só do outro: ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO.

Eu tive a idéia de falar de animais de estimação pelo simples motivo de que eu estou trabalhando há 3 meses com o tema BEBÊS. Sim, bebês, nenéns, grávidas e recém nascidos e crianças pequenas e produtos e estratégias e blablablablabla para o tema. Não que eu não goste, eu adoro! Mas não bastasse isso, eu trabalho com 2 mães de primeira viagem cujo assunto único e exclusivo durante os almoços são seus filhos e suas gravidezes (?), não necessariamente nesta mesma ordem. E daí que né, não tenho filhos, mas durantes as histórias repetidas de gravidez e todas aquelas nojeiras de parto e etc emocionantes e super engraçadas que elas contam eu me pego lembrando de histórias parecidíssimas que eu tive/tenho com minhas gatas.  Sim, amigos, vocês devem me achar aloka dos gatos até por que eu não pari as minhas gatas, mas vocês vão entender onde quero chegar.

Hoje, portanto, em especial, tive a idéia do post, na hora do almoço quando durante mais um bater bola entusiasmado a respeito da tenra infância de sua filha uma das mães com quem trabalho contou que enquanto está dormindo sua filha fica cutucando ela no olho e pulando em cima pra ela acordar. Tive vontade de falar que as minhas gatas (a Bella com mais ênfase, mas a Tica também) me acordaram EXATAMENTE assim hoje de manhã. Começou a miação um pouco antes do despertador, e depois que tocou não me deixaram mais dormir: a Bella colocava a patinha no meu rosto e miava alto na minha cara, pra eu ir abrir a porta da sacada pra ela ir pro sol. A Tica apoiava ela miando lá da sala. Mas né que eu não ia comentar isso na mesa, era capas de me tacarem a gelatina na cabeça chamarem de louca. Daí agora à noite fui pegar meu carro no estacionamento e o cachorro que tem lá (ao qual eu chamo de “Cão”) veio me dar oi. Daí chegou uma mulher e ficou coçando ele, e eu fui pegar meu carro e fiquei ouvindo:

– Ai como ele é lindo!

– É, ele ajuda a gente aqui, hehe!

– Amo cachorro, tenho duas meninas!

Fiquei pensando que ela fala das cachorras dela como eu falo das minhas gatas = como filhas.  Daí vim embora pensando e resolvi que no mundo existem dois tipos de pessoas, as que gostam de animais e as que não gostam, onde gostar de animais não significa que você é uma pessoa sensacional

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Eu gosto é de rosas mas tenho 9 gatos

Mas NÃO gostar te caracteriza como alguém em quem eu não confio. Não dá pra ser amigo de alguém que não considera o cachorro o melhor amigo que alguém pode ter ou o gato o bicho mais inteligente e sensível da face da terra e os hamsters como bolinhas fofas ou os porquinhos da índia engraçados ou o Nemo, peixe que a minha irmã tinha que deixava coçar a cabeça, como um serzinho agradável de se ter por perto. 

Uma pessoa que não gosta de animais pra mim é tão bizarro quanto alguém que não gosta de queijo, de batata frita ou sexo (e eu já vi gente que não gosta de queijo e gente que não gosta de animais, mas de sexo só mesmo 1= meu ex). Na verdade é isso e não tenho muito mais o que dizer, são apenas considerações que resolvi escrever, afinal o blog é meu e eu escrevo o que quiser nele. E pra não terminar sem pelo menos uma baixaria, fica aqui o meu abraço e uns videozinhos MUITO ENGRAÇADOS de dublagem de animais pra quebrar o gelo.

Rascunho

sunflower sun

 

Desculpa, mas não sei como começar.  Já tentei algumas dúzias de palavras, rabiscos, verbos que se dão todos pra tentar dizer, mas são mudos. Não consigo encontrar a medida certa do que meço com tanto cuidado pra escrever, e no final não me serve.  Não há no mundo nenhuma palavra que diga, mostre, cante na medida certa o tamanho e a força da luz em que você se faz em mim.
Brilho. Quando você chega, chega junto contigo um metro e meio de sol, iluminando tudo e todos que estejam perto de você. Esquenta, colore de verde e azul qualquer noite escura, qualquer dia cinzento, qualquer julho. Qualquer momento se faz fevereiro, se faz férias, festa, fogo! Faz sol quando você está.
E o verbo ser deixa então a forma física e mostra você comigo, no estar de todas as coisas… em todas as músicas, em todas as formas, em todo o mar. Está em todas as pessoas que passam, mas não são. Está no amanhecer gelado de inverno, e na noite quente que cai macia. Está em tudo que me privo… e em absolutamente tudo o que me permito. Está no colorido do reflexo do sol na gota de chuva, na gota de lágrima, na gota de mar que seca na pele.
Você faz parte dos meus dias como uma parte sua que me permiti ter, e tenho, e gosto, mesmo sem conhecer por inteiro. Escolhi sua parte dourada pra carregar por dentro, e me parece tão completa que me basta.
Desculpa, mas não sei como terminar. Não sei se quero; não quero. Mas não sei deixar no infinitivo o que infinito já é por si só, o que gira em torno de mim sem que eu escolha, o que não me pede permissão pra ser, e invade, e é. Assim sol, indiferente às cortinas das minhas janelas, indiferente à noite, à chuva ou ao tédio.  Invadida que fui, não pedi permissão pra dizer… apenas disse.
É injusto não mostrar pra alguém todo o bem que esse alguém faz, mesmo sem saber.  Não sei se devia, se devo ou não. Sequer sei o que será agora. Não sei nem o que é… aliás, sei. É sol. Só sol. Iluminando mais um rascunho mal feito de tudo o que eu preciso dizer, mas não sei como.
Desculpa.


Muris in the air

Acho que posso considerar este blog como uma espécie de sanatório particular. Psicanálise digital. Do tipo: eu reclamo, você lê. =o)

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