Posts Tagged 'livin'

achei por aí

straw

“Ecstasy is hard to describe. It’s like falling softly into a pool of crystal mountain water, floating on your back circular beneath vibrant sky, deciphering codes in the clouds spinning dizzy fast. It isn’t at all like going clear out of your head lunatic mad, throwing yourself in front of a runaway train insane, hallucinating black widows and black helicopters behind you crazy. It’s a lot more like jumping into your own brain, ferreting what’s inside, accepting past failures, freeing self destructive demons, forgiving yourself and those you love and even those you despise.”

[Hellen Hopkins]

 

continua chovendo…

somewhere only we know

Dias de chuva e frio me lembram músicas que, pra mim, tem cara de dias de chuva e frio.

I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love?
Is this the place that I’ve been dreaming of?

Tudo sobre meu pseudo-feriado

E então que eu finalmente me mudei. Sábado, pra ser mais exata. Mudança, caminhão, sujeira e aquela coisa toooooda que envolve a mudança. Pra quem nunca mudou, saiba que a mudança começa no momento em que decide sair de onde está. Os motivos são vários, únicos ou nenhum: preço do aluguel, distância do trabalho, tamanho do apartamento, condomínio, bairro, enfim. A questão é que os motivos que te fazem sair de um lugar são exatamente o oposto do lugar pra onde você tá querendo ir, se achar. Exemplo: o bairro que você está é perigoso mas o aluguel, mesmo sendo baixo, não vale sua segurança. Então você quer um bairro seguro com um preço razoável. Ou se seu apartamento é pequeno de mais e fica longe do trabalho: você quer um maior, mais perto de onde você trabalha. Saiba: NUNCA é um motivo só, e mudar NUNCA envolve apenas achar outro lugar. Quer um exemplo? Vamos lá:

Passo 1: a procura 

Suponhamos que você more num bairro ok, perto do trabalho, num apartamento ok, mas além do seu bolso. O que você precisa? De um apartamento mais barato, certo? Errado. Você precisa de um apartamento mais barato, tão digno quanto e tão perto do seu trabalho quanto o atual. Por quê? Porque pra ir pra um buraco lá nos canfundós do Judas, só pelo preço, não te compensa o transporte extra diário pro trabalho e nem sua qualidade de vida. Logo, a tarefa básica de “achar uma coisa mais barata” fica mais complicada.

Ouvi várias vezes pessoas dizendo: “ai, como teu aluguel é caro. Ai, como você é exagerada, muda de lá, sai de lá, acha outra coisa, olha o tamanho desta cidade, certeza que tem algum lugar!”. Daí quando as pessoas acompanharam minha busca por um apartamento, viram como é mais complicado que um certeza que você acha. Eu achei, sim, coisas bem mais baratas. Quase metade do valor. Sim. Lá no Jabaquara, ou lá no centro da cidade. E de que me adianta se vou triplicar o consumo de combustível?

São muitas as contas pra se fazer, e é muitíssimo demorado encontrar um lugar decente, barato, num bairro legal.

Passo 2: a burocracia

Depois de acordar cedo dias e dias seguidos pra visitar apartamentos antes do horário do seu expediente, você encontra um. Amor à primeira vista. Vai e diz: é meu!

Pensa que acabou por aí? Não senhor! Agora você tem que correr na imobiliária de onde você está ainda, dar andamento a uma rescisão de contrato de aluguel (normalmente são 30 meses, com 12 mínimos sem multa), pagar tudo o que deve pro proprietário de onde você está hoje (eles normalmente se mostram uns cretinos filhos-da-puta nestes casos). Negociar os dias em que ainda está por lá e tudo o mais. Nesse meio-tempo, você precisa se certificar de sua situação nos órgãos públicos e ir atrás de todos os documentos do universo pra dar entrada nos papéis de locação do novo imóvel e do muito provável seguro-fiança que agora virou moda fazer: RG, CPF, extratos bancários, extratos dentários, comprovantes de residência, nome da mãe, do pai, do filho, do espírito santo; todos os bens que você tem no seu nome e tudo que o banco sabe que você faz na vida.

Aliás, falando em seguro-fiança: que porra é essa, amigo? Não sei se vocês sabiam, mas atualmente em São Paulo não basta você ter um pai, tio ou amigo que tenha um imóvel quitado com um valor mínimo de meio bilhão de reais e resida ao lado da casa do proprietário do apartamento. Não senhor. Agora é moda fazer seguro-fiança. O que é o seguro-fiança? Oras, nada mais é que extorção simples e pura de dinheiro! 😀 Se depois de todos os milhares de papéis e uma singela taxa de R$35 a Porto-Seguros acreditar que você não é um caloteiro filho da puta, eles vão te fazer pagar um valor de 2 aluguéis inteiros, em 4x. Isso assegura o dono do apartamento que se você der o calote, ele vai receber. Mas não pense que esse dinheiro você verá de novo, amigo. Pois caso você dê mesmo o calote, você tem que reembolsar a Porto Seguros. E caso não dê, perdeu igual. É basicamente um esquema em que você paga pra provar que vai pagar. PALHAÇADA.

Passo 3: encaixotando

Então tá. Você procurou, achou, deu a bunda e conseguiu alugar o apartamento. Tá com os papéis na mão. Acabou? NÃO! Agora vem a parte peão da história: encaixotar.

Isso mesmo amigo. Se você não é filho do Edir Macedo, vai ter que botar tua casa dentro de caixas com as próprias mãos. Pratos, copos, vasos, livros, roupas, sapatos, post-its, canetas, pilhas, contas velhas, pacotes de miojo, meia lata de ervilhas, um pé de chinelo velho, meias sem par, calcinhas e cuecas furadas… TUDO DENTRO DE CAIXAS E MALAS. Afinal você precisa entregar o apartamento completamente vazio. Uma dica: leve embora tudo que der. Que você tenha comprado, claro. Lâmpadas, suportes, porta-toalhas. TUDO. Não deixe nada que o filho da puta do locatário possa usufruir. Se é seu: LEVE EMBORA.

É nessa hora que você nota como tem coisas. Parece que as coisas tem filhotes enquanto você vai abrindo gavetas e armários pra guardar tudo, é uma coisa impressionante! E com as coisas velhas / novas que você vai redescobrindo no mundo mágico pra onde vão as canetas BIC TODAS que você tinha perdido, vai achando poeira, sujeira… vai vendo que a empregada NUNCA arrastou a geladeira, e coisas do tipo.

Passo 4: mudando

Aqui é rápido: tenha certeza que seu apartamento novo tem energia. Não mude antes de verificar ou você corre o risco de ficar sem luz por 2 dias. A Filha da Puta Eletropaulo me deu 2 dias úteis pra ligar a luz do meu. Sexta e Segunda. Sexta eles não foram… mudei no sábado e a luz chegou só segunda. Sim. 2 dias dormindo no chão duro do apto velho pq o corretor foi muito bacana comigo. 

Contrate um tio que faz mudanças. Sério. Se você mora num apartamento de menos de 60m² R$300 é mais que suficiente pra se gastar com isso – FUJA DE COMPANHIAS CHIQUES DE MUDANÇA.

Passo 5: desencaixotando

Aqui é quando você já está no apartamento novo… e precisa de um copo. Onde ele está?

_

Enfim, meu pseudo (trabalhei segunda, clap clap) feriado foi basicamente os passos finais da fase 3, toda a fase 4 e o início da fase 5 da mudança. Ainda tô com 45% das minhas coisas dentro de caixas, mas pelo menos já tenho energia elétrica e chuveiro, que o namorado instalou.

No mais, comi feito uma porca e assisti 4 filmes no cinema. Só carregou a imagem de Divã, que na verdade foi o melhor. 

Divã

 

 

 

 

 

 

 

 

 

S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L.

No mais: pizza, mexicano, churrasco, pizza, mineiro, pizza, sushi e pizza.

Beijotôsemtelefone

Moving

Hoje uma amiga querida lá da Terra do Nunca me ligou pra bater papo. Contei que estou de mudança e todas as merdas e desgraças que ocorreram nessa fase. Ela riu tanto que ficou sem ar achou graça, e pediu pra eu contar todo o rolo aqui pra mais pessoas terem a chance de rir de mim comigo.

Mas né. Tá tudo dando tão certinho agora que não vou zicar não. Quando estiver lá no cafofo novo eu conto tudo que deu de errado.

A questão é que desde ontem estou encaixotando coisas: sapatos, bolsas, produtos de limpeza, gavetas inteiras de tralhas, pratos, copos, livros, DVDs, videogames, quadros. EU NÃO SABIA QUE TINHA TANTA COISA. Sem brincadeiras. EU TENHO MUITA COISA, MUITA MESMO, TANTA QUE TO COM MEDO DE NÃO CABER NO CAMINHÃO BAÚ DO TIO DA MUDANÇA!!! Espero, com muita força, estar enganada.

O problema nem é o sofá, a mesa com 4 cadeiras, a estante, o hack, a geladeira e essas coisas. O problema é que fora essas coisas tem tipo mais umas 500 caixas e malas de coisas. Não terminam nunca as pilhas, as canetas, as chuchinhas de cabelo. É uma coisa impressionante o tanto de trequinhos que tenho!  Revistas, papéis, notinhas de cartão de débito. Fitas Durex e post-its. NÃO-TERMINAM as coisas. É MUITO. Incrível.

Tanto que quando procurei uma foto pra ilustrar a bagunça, não me identifiquei nada com aquelas fotos de caixas bonitinhas empilhadinhas e etiquetadas. As minhas caixas peguei no depósito do prédio lá do trabalho. Os jornais pra embrulhar coisas frágeis eu roubei de um stand de jornais grátis ali na padaria. Tá feia a coisa. Mas tá ótima. Pelo menos eu estou, finalmente, me mudando.

=)

moving

E agora vou pra cama que minha coluna tá me gritando.


Muris in the air

Acho que posso considerar este blog como uma espécie de sanatório particular. Psicanálise digital. Do tipo: eu reclamo, você lê. =o)

Contando e rodando!

  • 34.999 caídas de para-quedas por aqui...
Submarino.com.br

Patrocinado

CDs - Submarino.com.br
maio 2024
S T Q Q S S D
 12345
6789101112
13141516171819
20212223242526
2728293031